Aranhas e Serpentes:
O veneno da aranha após ser inoculado na
serpente, atua diretamente no potencial de ação das células neurais, bloqueando
os canais de sódio (Na+), e impedindo que haja o potencial de ação,
com isso não haverá transmissão de sinais do neurônio ao músculo e a serpente
fica paralisada. Com esses canais bloqueados, não ocorre a atuação da
bomba de sódio e potássio na membrana (maior entrada de sódio que de saída de
potássio), deixando o meio extracelular com grande concentração de sódio, e
impedindo que ocorra o potencial de ação. A bomba de sódio e potássio é um mecanismo de transporte ativo, onde 3 ions sódio se ligam a uma proteina canal e o ATP promove a energia necessária par mudar a forma desse canal, que por sua vez, transporta os ions através deste canal. Os neurônios motores que
inervam a placa motora são responsáveis pela transmissão neuromuscular. O
Potencial de ação que ocorre no neurônio motor promove a liberação do
neurotransmissor Acetilcolina, que entra em contato com a placa motora e ativa
os canais de cálcio para que haja a contração muscular. Então, a toxina que
impede o potencial de ação, consequentemente, estará impedindo a contração
muscular, explicando assim a paralisia da serpente. As peçonhas das aranhas são
caracterizadas por um complexo conjunto de sais inorgânicos, acilpoliaminas e
alguns peptídeos. A ação da acilpoliamina, atingem diretamente os receptores
ionotrópicos onde altera o fluxo de Na e
Ca+² através da membrana e faz com que ocorra uma perturbação nas sinapses
excitatórias.
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